sábado, 2 de fevereiro de 2008

"Governo alemão recusou um pedido americano de maior envolvimento militar no Afeganistão, onde os europeus actuam no âmbito da NATO. Em resposta a uma carta do responsável do Pentágono, Robert Gates, o responsável alemão da defesa, Franz Josef Jung, esclareceu que a prioridade alemã continua a ser o norte do Afeganistão.

"Damos a nossa contribuição de acordo com o mandato" do Bundestag (parlamento), disse Jung. Para o Governo alemão, a acção dos seus militares não está sujeita a discussão. A actividade militar da Bundeswehr tem restrições operacionais, devido a razões políticas, mas Berlim está a ser pressionada para aumentar o contingente, decisão que teria altos custos políticos.

A carta do secretário da defesa americano foi descrita pela imprensa alemã como "invulgarmente dura". Gates pede uma mudança do mandato político e mais tropas para o sul, nomeadamente paraquedistas e helicópteros. Na sua opinião, as divisões na NATO sobre o Afeganistão "são perigosas", havendo necessidade urgente de 3200 soldados no sul, para substituir tropas americanas.

A NATO tem 42 mil soldados no Afeganistão, metade dos quais são europeus. Outra hipótese de reforço seria a participação francesa. Paris está a estudar o seu regresso às estruturas militares da NATO."

in Diário de Noticias

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